31 julho 2015

Teoria do Risco - Hélio Couto

O prêmio Nobel de Economia de 2002, Daniel Kahneman, fez importante contribuição para entender como os humanos assumem os riscos. Ele descobriu que os humanos assumem riscos, mas detestam perdas.E esta é uma confirmação de tudo que se vem falando desde 2500 anos neste planeta. Quando se fala para soltar, os humanos sentem uma aversão total ao conceito. E o trabalho dele provou isso. Esta é uma atitude irracional porque toda vez que se prende se perde. Todo apego gera perdas e sofrimentos desnecessários. Este universo foi feito para que ninguém perca. Todos podem ganhar se todos tiverem esse tipo de paradigma. Ganha Ganha.
Só que isso é tão contra o cérebro reptiliano (Complexo-R), que o ego imediatamente recusa sequer entender o que é soltar. Uma pessoa culta e inteligente comprou um livro sobre taoísmo. Teve de ler 8 vezes para poder entender o conceito. E ainda precisou de muita orientação para soltar os investimentos errados que tinha feito. A pessoa tinha feito investimentos que não conseguia mais pagar e ainda assim se recusava a solta-los. E continuar vivendo, pois caso contrário teria um infarto com certeza. E perderia tudo. Mas, não soltava. Achava que se soltasse perderia algo. Depois que soltou tudo melhorou e hoje está em excelente situação.
O medo da perda é um problema de confiança. Confiar que o universo funciona e que o Todo administra tudo para o melhor de todos sempre. Hoje em dia existe uma corrente de pensamento argumentando que este universo não funcionou. Que tem algo errado com o universo. Isso é acreditar que o Todo não sabe o que faz, não é onipotente, onisciente e onipresente. Traduzindo, achar que o Todo não é o Todo. Quando o Todo delega uma função Ele sabe exatamente o que está fazendo, pois foi Ele que emanou aquele Arquétipo. O Arquétipo é a perfeição do Todo naquele assunto, atividade ou habilidade em particular. Por exemplo, o Todo quer escalar montanhas. Ele emana um Arquétipo que é o alpinista perfeito. Este Alpinista Perfeito é o Todo escalando montanhas. Não comete erros, faz sempre o melhor, evolui sempre, tem alegria escalando, etc. É perfeito.
Toda a problemática se resume nisso. Em confiar no Todo. Mas, para isso primeiro é preciso entender o que é o Todo, quem é o Todo. E depois sentir o Todo dentro de si. Na Centelha Divina. Sem sentir todo conhecimento é nada. O Todo é um sentimento. Como se pode entender algo intelectualmente se a essência daquilo é um sentimento? Pode-se criar conceitos e conceitos intelectuais, mas eles não serão a verdade. Para entender o Todo é preciso sentir. E este é o problema central da humanidade desde sempre. Se sentir acha que haverá perda. Então resolve não sentir. Fecha os chakras, bloqueia tudo, levanta escudos e acha que assim evitará o sofrimento. Que assim não haverá perdas. Pois é. É justamente nesse ponto que as perdas aparecerão. Toda vez que se bloqueia a ação do Todo os problemas aparecem. Inevitável. Em todas as áreas. Será que o Todo quer que algum humano passe fome? As notícias mostram que existem frangos e porcos demais no mundo! É preciso mata-los para equilibrar o mercado. Enquanto isso quantos milhões passam fome! Evidentemente quem nunca passou fome não tem a menor ideia do que é isso. Portanto, não sente a dor de quem passa fome.
Então se pensa que tem algo errado com este universo! Pois tem gente passando fome, tem guerras no mundo, genocídios, mutilações, predadores, serial killers, exploração de trabalho infantil, exploração da prostituição, etc. (A lista é infinita). Se o planeta Terra é assim é porque o universo está errado? O planeta Terra é assim porque seus habitantes escolheram que seja assim. É um colapso de função de onda coletivo. Caso quisessem mudar mudaria num dia. Ou a União Soviética não acabou em dias? O que parecia impossível aconteceu em dias. Quando as pessoas deixaram suas casas, seus pertences, entraram nos trens e carros e foram para a fronteira do oeste. O muro desabou num dia. Quando as pessoas soltaram tudo. Enquanto foram apegados persistiu por quase um século. (Atenção: não estou julgando. É um fato histórico). E no oeste o problema é o mesmo. Haverá sofrimento, fome, crises, miséria, crimes, desemprego, etc. enquanto houver apego.
E o apego é tão grande que sequer essa ideia pode ser pensada. Buda e Lao Tsé tinham de fazer o que fizeram. Eles vêm fazer um trabalho e fazem. Não importa o custo que seja. Mas, o resultado levará milhares de anos. A humanidade decidirá quantos milhares de anos levará.
Como não se quer entender a Realidade Última e se acha que tem algo errado com o universo, a ideia é uma solução miraculosa que resolva tudo sem que tenha de haver evolução da consciência dos humanos. E a incoerência deste pensamento não é percebida. Se os humanos detestam perdas como eles aceitarão que uma civilização extraterrestre venha aqui e estabeleça o equilíbrio no planeta? John Nash provou o Equilíbrio de Nash e aconteceu o que? Nada. Porque o Equilíbrio de Nash dá uma ideia de perda. As pessoas pensam que perderão. E os humanos detestam perder. Vejam o filme “Uma mente brilhante”. Basta ver a cena do bar. Se não entende o que ele explica, se não aceita o que ele explica, como aceitará que os extraterrestres imponham uma civilização avançada onde ninguém passa fome, por exemplo. Basta pensar nessa questão: como o mundo tem de ser organizado para que ninguém passe fome? É essa organização que os extraterrestres teriam de impor. Ou seria por consenso? Imagine os extraterrestres tendo que fundar um partido político para defender suas ideias! Com milhões de anos de avanço em relação aos terrestres! De que adiantaria toda a tecnologia extraterrestre se nada poderia ser feito sem a aprovação dos humanos. Ficaríamos na mesma. Pois, hoje já existe tecnologia para que ninguém passe fome no mundo. E que acontece? Nada. Portanto, tem de ser como é em Jornada nas Estrelas A Nova Geração. A Primeira Diretriz proíbe que se intervenha num planeta até que estejam evoluídos o suficiente para aceitar a Federação.
Por exemplo, se a Federação trouxesse os replicadores de comida o que aconteceria com todas as empresas de alimentação? Com todas as fazendas? Com todos os empregos? Com a bolsa de valores? As pessoas admitiriam perder seus empregos por causa dos extraterrestres resolverem a fome no mundo? Então porque os humanos não doam os frangos e porcos para os que passam fome? A resposta normal é porque daí ninguém vai querer trabalhar. Vamos supor que os extraterrestres resolvessem tudo, o que as pessoas fariam com o tempo livre? Imagine todo o tempo do mundo só para pensar? Você com você mesmo? Autoconhecimento sem parar. Não há necessidade de trabalhar. Só lazer. O que os humanos fariam com o laser? Antes da revolução industrial se falava que quando houvessem máquinas os humanos poderiam ter tempo para a cultura, as artes, os esportes, a leitura, etc. Depois de 400 anos de revolução industrial quando já se tem máquinas para quase tudo, computadores, robôs, etc., o que aconteceu? Mais máquinas e computadores resolverão isso? Ou somente com a evolução da consciência haverá evolução realmente.
E em todas as outras áreas é a mesma coisa. Por isso, os extraterrestres positivos só observam. No dia em que os humanos decidirem pelo Equilíbrio de Nash eles poderão aparecer.

29 julho 2015

Arquétipos e relacionamentos afetivos - Hélio Couto


Platão disse que são as idéias primordiais.
Arquétipo é o projeto de tudo que existe. Nada pode existir sem antes ter sido pensado. Esse pensamento primeiro é a perfeição de tudo que existe. Portanto, o arquétipo é a perfeição em qualquer atividade, profissão, coisa; literalmente de tudo que existe.
Nos seres humanos os arquétipos provocam reações afetivas e emocionais. Geram sentimentos através dos neurotransmissores e hormônios.
Isso é da mais extrema importância em todas as áreas humanas. Tudo que se faz em publicidade é baseado em arquétipos, para criar as neuroassociações com os produtos.
No caso de relacionamentos afetivos é fundamental para se criar um sentimento, tanto nosso em relação a uma pessoa, quanto dela para nós. Não levar isso em consideração é simplesmente ignorar a força mais poderosa do universo.
Como tudo que é poderoso é preciso cuidado, cautela, conhecimento e analise para se usar corretamente.
Vejamos alguns casos:
Uma jovem mulher casada vai passear numa praia sozinha (seja por qual razão for pela qual está sozinha). Lá encontra um rapaz que também está passeando pela praia no fim de tarde. Param para conversar e o seguinte diálogo acontece:
O rapaz pergunta:
- Você vem sempre aqui?
- Não, é a primeira vez que venho. E você porque vem aqui?
- Venho para ver as borboletas.
Falam mais algumas coisas irrelevantes e vão embora. Ela volta para sua cidade e ele continua lá. Um ano depois ela volta na mesma praia. Neste um ano ela terminou o casamento e agora está só. No mesmo horário eles se encontram novamente. Um ano depois. Ela o vê vindo em sua direção, mas ele não lembra ainda quem é ela. Quando ele chega perto ela o cumprimenta:
- Oi, você aqui de novo?
Ele pára e começa a pensar. Em seguida diz:
- Eu já volto e corre pela praia em direção contrária!
Dali a pouco volta e retoma a conversa. Imediatamente começam um relacionamento.
O que aconteceu? Um ano antes ele contou a história da borboleta. Este é um arquétipo de transformação. Muito poderoso precisa ser usado com cuidado. Ela ao ouvir isso inicia internamente um processo de mudança que não consegue mais deter. Volta para sua cidade, muda sua vida, termina o casamento e um ano depois “sem querer”, volta ao mesmo local. Quando ele a vê não se lembra dela, pois apenas tiveram uma breve conversar um ano antes. Com quantas ele conversa naquela praia? Ele tem uma atitude inteligente, pois precisa ganhar tempo para se lembrar onde parou a conversa com ela. Corre para longe dela para ganhar tempo. Quando se lembra volta. E aí é inevitável o relacionamento, pois toda a transformação que ela fez na vida foi em função dele ter falado borboletas. A mudança está neuro-associada com ele e é com ele que ela começa um relacionamento.
Uma cliente ouvindo essa história achou que era a coisa mais fácil conseguir que o “ficante” virasse namorado. Ele estava estagnado na vida, na carreira, etc. Telefona para ele e diz:
- Fulano, tive um sonho com muitas borboletas. Ele acha estranho, mas sonho é sonho!
Uma semana depois ele chega para ela e diz:
- Resolvi mudar minha vida. Voltei a estudar, mudarei de emprego e não ficaremos mais juntos!
Ela fica perplexa, pois achava que ele ia ficar junto dela. A borboleta provou transformações. Ele mudou tudo na vida dele. Inclusive ela.
Esse é um bom exemplo de que não se deve generalizar a aplicação de um arquétipo. Seu uso deve ser bem ponderado. Precisa estar incluído em metáforas (estórias) com um sentido preciso do que se quer obter. Uma coisa tão poderosa não pode ser usada levianamente. É preciso estudar muito bem o que irá se falar, para obter o resultado desejado.

Arquétipos e metáforas são a arma mais poderosa para se conquistar alguém. Porque desenvolvem amor antes que o relacionamento comece. Parece óbvio, mas o amor tem de surgir antes do relacionamento começar. Um conhecimento tão poderoso, não se obtém do dia para a noite. Querer simplificar as coisas e dar saltos é pura ilusão. Portanto, não se deve sair por ai atirando para todo lado e falando “borboleta” para todo mundo. É preciso pensar. Para se conseguir um relacionamento de longo tempo é preciso seguir um protocolo. Atirar para todo lado na “balada” não é a solução. Quem está disposto a gastar o tempo necessário para se obter esse conhecimento?
 
Fonte: heliocouto.blogspot.com.br


Matrix e Reencarnação

A primeira coisa é entender o que é a Matrix. É uma construção mental. Um paradigma. As ideias predominantes. Na Idade Média praticamente todos acreditavam que a Terra era plana. Isso é uma Matrix. É uma coisa mental. As crenças dominantes.
O filme “Matrix” é uma metáfora da realidade. Todos acreditam em uma realidade que não existe, mas vivem em função disso. É isso que Morpheus diz para Neo. E mostra para ele. E Neo tem de decidir se quer viver na Matrix ou não.
Quando uma pessoa morre ela acorda normalmente num hospital em uma das inúmeras colônias no Astral. De acordo com o padrão vibratório da pessoa naquele momento. Existem colônias para todo tipo de atendimento necessário. E existem colônias de refazimento. Onde além do tratamento físico a pessoa assiste palestras que explicam como é a realidade no Astral. Isso pode levar um bom tempo até que a pessoa aceite a realidade como ela é. E não o que ela achou que seria.
Depois de um tempo, que pode ser longo, a pessoa está pronta para uma nova encarnação onde trabalhará os pontos de aprendizagem que ainda não foram aprendidos e incorporados na sua filosofia de vida. Isto acontece com as pessoas com quem é possível conversar e dialogar. Com aqueles em que isso é impossível, seja porque razão for, a encarnação é compulsória. Os Mentores administram as variáveis em que a pessoa nascerá novamente.
 Tudo isso explicado acima já foi explicado por pelo menos 5 mil anos aos humanos terrestres. E existe farta documentação sobre isso. Inclusive a pesquisa científica de Ian Stevenson.
Quem não quer se preocupar com isso não tem problema algum. A fórmula é sempre a mesma: fazer o bem o máximo possível todo o tempo no limite das forças da pessoa. Fazendo isso é indiferente se a pessoa acredita ou não em reencarnação. Ela estará vibracionalmente em boas condições quando sai desta vida.


www.heliocouto.com
www.igrejacristadeaton.org.br

17 julho 2015

A Morte não é nada - Santo Agostinho

A morte não é nada.
Eu somente passei para o outro lado do Caminho.
Eu sou eu, vocês são vocês.
O que eu era para vocês, eu continuarei sendo.
Me dêem o nome que vocês sempre me deram, falem comigo como vocês sempre fizeram.
Vocês continuam vivendo no mundo das criaturas, eu estou vivendo no mundo do Criador.
Não utilizem um tom solene ou triste, continuem a rir daquilo que nos fazia rir juntos.
Rezem, sorriam, pensem em mim. Rezem por mim.
Que meu nome seja pronunciado como sempre foi, sem ênfase de nenhum tipo. Sem nenhum traço de sombra ou tristeza.
A vida significa tudo o que ela sempre significou, o fio não foi cortado.
Porque eu estaria fora de seus pensamentos, agora que estou apenas fora de suas vistas?
Eu não estou longe, apenas estou do outro lado do Caminho...
Você que aí ficou, siga em frente, a vida continua, linda e bela como sempre foi.

15 julho 2015

Eu sou Umbandista - Pai Etiene Sales

Mas o que é isso? O que é ser Umbandista?
É não ter vergonha de dizer: "Eu sou Umbandista".
É não ter vergonha de ser identificado como Umbandista.
É se dar,acima de tudo a um trabalho espiritual.
É saber que um terreiro,um centro, uma casa de Umbanda é um local espiritual e não a Religião de Umbanda em seu todo, mas todos os terreiros, centros e casas de Umbanda, representam a Religião de Umbanda.
É saber respeitar para ser respeitado,é saber amar para ser amado,é saber ouvir para ser escutado,é saber dar um pouco de si para receber um pouco de Deus dentro de si.
É saber que a Umbanda não faz milagres, quem os faz é Deus e quem os recebe os mereceu.
É saber que uma casa de Umbanda não vende nem dá salvação,mas oferece ajuda aos que querem encontrar um caminho.
É ter respeito por sua casa, por seu sacerdote e pela Religião de Umbanda como um todo: irmandade.
É saber conversar com seu sacerdote e retirar suas dúvidas.
É saber que nem sempre estamos preparados. Que são necessários sacrifícios, tempo e dedicação para o sacerdócio.
É entrar em um terreiro sem ter hora para sair ou sair do terreiro após o último consulente ser atendido.
É mesmo sem fumar e beber dar liberdade aos meus guias para que eles utilizem esses materiais para ajudar ao próximo, confiando que me deixem sempre bem após as sessões.
É me dar ao meu Orixá para que ele me possua com sua força e me deixe um pouco dessa força para que eu possa viver meu dia-a-dia numa luta constante em benefício dos que precisam de auxílio espiritual.
É sofrer por não negar o que sou e ser o que sou com dignidade, com amor e dedicação.
É ser chamado de atrasado, de sujo, de ignorante, conservador, alienígena, louco. E ainda assim, amar minha religião e defendê-la com todo carinho e amor que ela merece.
É ser ofendido físico, espiritual e moralmente, mas mesmo assim continuar amando minha Umbanda.
É ser chamado de adorador do Diabo, de Satanás, de servo dos encostos e mesmo assim levantar a cabeça,sorrir e seguir em frente com dignidade.
É ser Umbandista e pedindo sempre a Zambi para que eu nunca esteja Umbandista.
É acreditar mesmo nos piores momentos,com a pior das doenças,estando um caco espiritual e material, que os Orixás e os guias,mesmo que não possam nos tirar dessas situações, estarão ali, ao nosso lado,momento a momento nos dando força e coragem; ser Umbandista é acima de tudo acreditar nos Orixás e nos guias, pois eles representam a essência e a pureza de Deus.
É dizer sim, onde os outros dizem não!
É saber respeitar o que o outro faz como Umbanda, mesmo que seja diferente da nossa, mas sabendo que existe um propósito no que ambos estão fazendo.
É vestir o branco sem vaidade.
É alguém que você nunca viu te agradecer porque um dos seus guias a ajudou e não ter orgulho.
É colocar suas guias e sentir o peso de uma responsabilidade onde muitos possam ver ostentação.
É chorar, sorrir, andar, respirar e viver dentro de uma religião sem querer nada em troca.
É ter vergonha de pedir aos Orixás por você, mas não ter vergonha de pedir pelos outros.
É não ter vergonha de levar uma oferenda em uma praia ou mata, nem ter vergonha de exercer a nossa religiosidade diante dos outros.
É estar sempre pronto para servir a espiritualidade, seja no terreiro,seja numa encruza, seja na calunga,seja no cemitério, seja na macaia,seja nos caminhos. Seja em qualquer lugar onde nosso trabalho seja necessário.
É se alegrar por saber que a Umbanda é uma religião maravilhosa, mas também sofrer porque os Umbandistas ainda são tão preconceituosos uns com os outros.
É ficar incorporado 5, 6 horas em cada uma das giras, sentindo seu corpo moído e ao mesmo tempo sentir a satisfação e o bem estar por mais um dia de trabalho.
É sentir a força do zoar dos atabaques, sua vibração, sua importância, sua ação, sua força dentro de uma gira e no trabalho espiritual.
É arriar a oferenda para o Orixá e receber seu Axé.
É ver um consulente entrar no terreiro chorando e vê-lo mais tarde sair do terreiro sorrindo.
É ter esperança que um dia, nós Umbandistas, acharemos a receita do respeito mútuo.
É ser Umbandista mesmo que outros digam que o que você faz, sua prática, sua fé, sua doutrina, seu acreditar, sua dedicação, seu suor, suas lágrimas e sacrifício, não sejam Umbanda.
É saber que existe vaidade mesmo quando alguém diz que não têm vaidade: vaidade de não ter vaidade.
É saber o que significa a Umbanda não para você, mas para todos.
É saber que as palavras somente não bastam. Deve haver atitude junto com as palavras: falar e fazer, pensar e ser, ser e nunca estar.
É saber que a Umbanda não vê cor, não vê raça, não vê status social, não vê poder econômico, não vê credo. Só vê ajuda, caridade, luta, justiça, cura, lágrima, bom, mal e bem... Os problemas, as necessidades e a ajuda para solucionar os problemas de quem a procura.
É saber que a Umbanda é livre; não tem dono, não tem Papa, mas está aí para ajudar e servir a todos que a procuram.É saber que você não escolheu a Umbanda, mas que a Umbanda escolheu você.
É amar com todas as forças essa Religião maravilhosa chamada Umbanda.


Um abraço,

Pai Etiene Sales