26 novembro 2015

As Quatro Leis da Espiritualidade na Índia


1ª Lei : A pessoa que chega, é a pessoa certa
Ou seja, ninguém chega em nossas vidas por acaso, todas as pessoas que nos rodeiam, que interagem conosco, estão ali por algum motivo, para nos fazer aprender e avançar em cada situação.

2ª Lei : O que acontece é a única coisa que podia acontecer
Nada, absolutamente nada do que nos acontece em nossas vidas poderia ter sido de outra maneira, nem sequer um detalhe mais insignificante. Não existe aquilo de : "Se tivesse feito tal coisa … teria acontecido tal coisa …”.

3ª Lei : Em qualquer momento que comece, é o momento certo
Tudo começa no momento certo, nem antes nem depois. Quando estamos preparados para que algo novo comece em nossas vidas, aí então começará. O que aconteceu foi o que pôde acontecer e teve que ser assim para que aprendêssemos essa lição e seguíssemos em frente. Todas e cada uma das situações que acontecem em nossas vidas, são perfeitas, ainda que nossa mente e nosso ego resistam e não queiram aceitar.

4ª Lei : Quando algo termina, termina
Simplesmente assim. Se algo terminou em nossas vidas, é para nossa evolução, portanto, é melhor deixá-lo seguir adiante e avançar já enriquecidos com essa experiência. Creio que não é por acaso que você esteja lendo este texto. Se este texto chega em nossas vidas é porque estamos preparados para entender que nenhum floco de neve cai em lugar errado.

25 novembro 2015

E minha mente vagueia... - Preto Velho Pai Miguel



E minha mente vagueia...
Vagueia no sentido da busca incessante daquilo que ainda não encontrei,
Vagueia nas entranhas de um passado que muitas vezes me corrói, me incomoda.
Vagueia nas dúvidas do presente e nas incertezas do futuro...
E minha mente vagueia...
Buscando entender a essência mágica da minha condição relativa no tempo e no espaço,
Nos mais diversos planos da matéria, estagiando na essência dos mares e oceanos deste Universo...
Mas porque vagueio?
Vagueio porque insisto apenas em capinar a erva daninha, sem ao menos fazer o esforço necessário para extirpar sua raiz...
Raiz essa que insiste sempre em rasgar a terra, sempre que a rego com as águas turvas da vaidade, do orgulho, do egoísmo...
E minha mente vagueia...
Mas sabe, na intimidade da minha essência, a semente que ainda sou, mas que insiste em brotar, pois tenho a condição de arar a terra com as ferramentas da humildade, da paciência, da tolerância...
Tenho a condição de ascender ao fogo da mudança, forjando minha consciência com Ciência, deixando pesar na balança aquilo que me proponho a ser...
Tenho a condição de transmutar e direcionar o ar que respiro na senda do aprendizado contínuo rumo ao bem maior...
Tenho a condição de vaguear nas águas tormentosas com segurança, pois sou um guerreiro, no sentido de vencer a mim mesmo, onde o meu reflexo servirá de luz e exemplo para o meu próximo que se encontra em retardo...
E minha mente vagueia...
Mas sabe, na intimidade da minha essência, a potência divina que sou, pois que Dele sou, onde através do Amor incondicional, posso alcançar com sabedoria, a morada dos mansos e pacíficos de coração.
Mas ninguém vagueia sozinho...
Pois que as ondas impulsionam umas as outras, fortalecendo aquela que enfrenta a arrebentação, para romper a aparente solidez da rocha que insiste em não se transformar em pedregulhos. Pedregulhos esses que deverão ser utilizados, para formar o alicerce da minha Fortaleza Moral...
Mas ainda assim, nessa condição, minha mente vagueia, só que agora no rumo certo, na Senda Redentora da evolução...


Pai Miguel
Fortaleza-CE, 24 de novembro de 2015


20 novembro 2015

Mediunidade : O comportamento é meu?



É possível ao médium distinguir as alterações psíquicas e orgânicas que lhe são próprias das que estão procedendo dos espíritos desencarnados?
Divaldo - Um dos comportamentos iniciais do médium deve ser o de estudar-se. Daí ser necessário estudar a mediunidade.
Eu, por exemplo, quando comecei o exercício da mediunidade, ia a uma festa e assimilava de tal forma o psiquismo do ambiente, que me tornava a pessoa mais contente dali. Se ia a um casamento eu ficava mais feliz que o noivo. Se ia a um enterro ficava mais choroso que a viúva, porque me contaminava psiquicamente, e ficava muito difícil saber como era a minha personalidade. Pois, de acordo com o local, havia como que um mimetismo, isto é, eu assimilava o efeito do ambiente.
Lentamente, estudando a minha personalidade, as minhas dificuldades e comportamentos, logrei traçar o meu perfil pessoal, e estabelecer uma conduta medial para que aqueles que vivem comigo saibam como eu sou, e daí possam avaliar os meus estados mediúnicos.
De início, o médium terá algumas dificuldades, porque o fenômeno produz uma interposição de personalidades estranhas a sua própria personalidade. Somando-se velhas dificuldades à sensibilidade mediúnica, o sensitivo passa a ter muito aguçadas as reminiscências das vidas pretéritas, não o caráter da consciência, mas o somatório das experiências.
Recordo-me que, em determinada época da minha vida, terminada uma palestra ou reunião mediúnica, eu tinha uma necessidade imperiosa de caminhar. Caminhar até a exaustão física. Naquele período claro-escuro da mediunidade, sem saber exatamente como encontrar a paz, os espíritos me receitaram trabalho físico, para que, cansado, fosse obrigado ao repouso físico, porque tinha dificuldades de dormir. A vida física era-me muito ativa e, mesmo quando o corpo caía no colapso, a mente continuava excitada, e eu me levantava no dia seguinte pior do que havia deitado. Então, às vezes, eu preferia não deitar.
Com o tempo fui formando meu perfil de comportamento, de personalidade, aprendendo a assumir a responsabilidade dos insucessos e a transferir para os Mentores os resultados das ações positivas que são sempre de Deus, enquanto os erros são sempre nossos.
Estaremos sempre em sintonia com espíritos de comportamento idêntico ao nosso. Daí, o médium vai medindo as suas reações, suas mágoas, ciúmes, invejas, e irá identificando as reações positivas, a beleza, o desejo de servir. Por fim, aprende a selecionar quando é ele e quando são os espíritos que estão agindo por seu intermédio.
  
Texto extraído do Livro:  

17 novembro 2015

O Homem no Mundo - ESE

Um sentimento de piedade deve sempre animar o coração dos que se reúnem sob as vistas do Senhor e imploram a assistência dos bons Espíritos.
Purificai, pois, os vossos corações; não consintais que neles demore qualquer pensamento mundano ou fútil. Elevai o vosso espírito àqueles por quem chamais, a fim de que, encontrando em vós as necessárias disposições, possam lançar em profusão a semente que é preciso germine em vossas almas e dê frutos de caridade e justiça.
Não julgueis, todavia, que, exortando-vos incessantemente à prece e à evocação mental, pretendamos vivais uma vida mística, que vos conserve fora das leis da sociedade onde estais condenados a viver. Não; vivei com os homens da vossa época, como devem viver os homens. Sacrificai às necessidades, mesmo às frivolidades do dia, mas sacrificai com um sentimento de pureza que as possa santificar.
Sois chamados a estar em contato com espíritos de naturezas diferentes, de caracteres opostos: não choqueis a nenhum daqueles com quem estiverdes. Sede joviais, sede ditosos, mas seja a vossa jovialidade a que provém de uma consciência limpa, seja a vossa ventura a do herdeiro do Céu que conta os dias que faltam para entrar na posse da sua herança.
Não consiste a virtude em assumirdes severo e lúgubre aspecto, em repelirdes os prazeres que as vossas condições humanas vos permitem. Basta reporteis todos os atos da vossa vida ao Criador que vo-la deu; basta que, quando começardes ou acabardes uma obra, eleveis o pensamento a esse Criador e lhe peçais, num arroubo de alma, ou a sua proteção para que obtenhais êxito, ou a sua bênção para ela, se a concluístes. Em tudo o que fizerdes, remontai à Fonte de todas as coisas, para que nenhuma de vossas ações deixe de ser purificada e santificada pela lembrança de Deus.
A perfeição está toda, como disse o Cristo, na prática da caridade absoluta; os deveres da caridade alcançam todas as posições sociais, desde o menor até o maior. Nenhuma caridade teria a praticar o homem que vivesse insulado. Unicamente no contato com os seus semelhantes, nas lutas mais árduas é que ele encontra ensejo de praticá-la. Aquele, pois, que se isola priva-se voluntariamente do mais poderoso meio de aperfeiçoar-se; não tendo de pensar senão em si, sua vida é a de um egoísta. 
Não imagineis, portanto, que, para viverdes em comunicação constante conosco, para viverdes sob as vistas do Senhor, seja preciso vos cilicieis e cubrais de cinzas. Não, não, ainda uma vez vos dizemos. Ditosos sede, segundo as necessidades da Humanidade; mas que jamais na vossa felicidade entre um pensamento ou um ato que o possa ofender, ou fazer se vele o semblante dos que vos amam e dirigem. Deus é amor, e aqueles que amam santamente Ele os abençoa.

Um Espírito protetor. (Bordeaux, 1863)
Evangelho Segundo o Espiritismo, Cáp. 12 - "Sedes Perfeitos"