09 setembro 2016

Como funciona o universo? - Hélio Couto

O universo inteiro é o Todo;
O Todo é pura energia vibrando na mais alta frequência possível;
A Centelha Divina que está presente em todos os seres emanados;
A Centelha é o Todo e só pode atuar em todo seu potencial se o Ego permitir;
Aceitar o Todo é fundamental para a felicidade, o progresso, a prosperidade e tudo o mais de bom que existe.

Tudo é onda;
Tudo que existe é informação e energia;
Arquétipos;
Existem várias dimensões da realidade e tudo é uma questão de frequência. Todos os habitantes de todas as frequências interagem entre si se tem o conhecimento de como fazer isso...

Podemos citar dois exemplos de portais: nas séries: “Stranger Things” e “11.22.63”.


10 agosto 2016

O que é axé para a Umbanda?

O termo axé dentro da umbanda é bastante utilizado. Podemos afirmar que axé é o princípio vital que anima tudo no Universo. Ele se movimenta em todas as direções e planos da criação, é o fluído cósmico universal. Sem axé nada existiria, pois por meio dele, tudo se interliga e se harmoniza.
O axé circula, permite o nascimento, o crescimento das plantas, o surgimento das frutas, dos alimentos, da água, do ar, do Sol e da Lua... Energia é um tipo de axé condensado. Tudo no Cosmo é fluído condensado, em variados níveis de condensação, permitindo a forma em diversas dimensões diferentes, desde os planos mais densos até os mais rarefeitos, que não conseguimos sentir e perceber com nossas percepções ordinárias.
Na Umbanda, temos os condensadores energéticos, que são elementos utilizados como liberadores de axé. As folhas, os diversos tipos de água, as frutas, os cristais, as flores e as ervas são catalisadores de axé, que adequadamente manejados, servem como liberadores para a força magística de um terreiro.
A sustentação do axé de um templo religioso umbandista acontece por meio da mediunidade, dos espíritos mentores e dos guias que vibram em seus médiuns e, por seus centros nervosos, que exsudam abundante axé animal (ectoplasma), realizam, assim, as tarefas caritativas necessárias. Esse é o principal mecanismo de movimento de axé de um terreiro de Umbanda, e os demais são variações de métodos rituais e litúrgicos, independentemente de condensadores energéticos (liberadores de axé) que são utilizados.


02 agosto 2016

Consciência Compartilhada - Hélio Couto


Algumas pessoas estão fazendo o primeiro contato com o que denominam Transferência de Consciências. Trata-se de algo tão inovador entre vocês, que parece inverossímil a princípio. Contudo, na sua essência, o processo é muito simples de se entender. Aceitar que isso seja possível é o grande problema.
Todas as novidades geradoras de impacto apresentam um tempo de latência até serem compreendidas, aceitas e absorvidas.
Em se tratando de Consciência, a situação se agrava. As pessoas pouco sabem sobre o assunto e os que pouco conhecem, se debatem em intermináveis discussões filosóficas, místicas e científicas sobre o tema e sequer imaginam que algo tão sutil possa ser transferido para um humano, como se fosse um simples arquivo de música.
A consciência é tida no geral como a essência de algo ou alguém, sua marca registrada. Portanto, a grande maioria pensa ser este um tesouro intransferível, por lei. Algo que não pode ser compartilhado de forma nenhuma.
O assunto é mais complexo que isso e já é tempo de tomarem as primeiras lições. Só existe uma única Consciência, que dá origem às demais, sem delas se separar. Essas são ramificações, como galhos de uma árvore que não se desconectam nunca do tronco principal.
A consciência-ramo, através de suas infinitas experiências, em diferentes dimensões da realidade, vai adquirindo uma vasta quantidade de informação, que vai sendo guardada para sempre, o que por sua vez alimenta a Consciência Origem, promovendo sua expansão infinita. É como um grande arquivo repleto de dados que retrata tudo o que viveu, durante toda sua existência.
Por um processo de duplicação, parte ou todo conteúdo de uma consciência pode ser transferido para outro ser.
Não nos cabe aqui dizer como isso é realizado, pois se trata de um poder que não deve ser compartilhado, ainda. Com o grau de evolução atual da humanidade seria o mesmo que dar uma arma de fogo carregada para uma criança brincar.
A evolução do conhecimento humano sempre se fez à custa de inovações recebidas por inspiração de seres de outras dimensões e de não- terrestres. Não há um invento ou descoberta sequer na história que não tenha sido captado ativamente do campo quântico de informação, ou recebido passivamente através de seres mais evoluídos. Não é diferente no caso da Transferência de Consciências, ou acham que algo assim nasceria de uma mente terrena?
Retornando ao processo em si, o indivíduo que recebe a consciência de outra pessoa (chamemos de receptor), vai ter anexado o arquivo de informações da consciência transferida ( matriz) diretamente no seu próprio banco de dados. Não há chance de haver embaralhamento das informações. Fica cada uma no seu próprio lócus consciencial. Cada um ocupa seu lugar no espaço, como numa mistura de água e óleo.
Temos de esclarecer isso porque alguns temem que a consciência transferida domine a sua própria, como um vampiro ou uma entidade demoníaca que se apossa de seu corpo e mente, num processo sem retorno de desorganização da individualidade. Um estado correspondente ao que hoje se instala num sistema com “vírus”.
Fisicamente falando, não é possível que ocorra tal domínio. Há um comando maior que seleciona qual arquivo será utilizado, em que extensão, e em que momento. É a própria consciência do indivíduo quem regula a mescla ideal para cada situação que se apresenta.
Ao receber uma consciência inteira, o receptor adquire todas as memórias, experiências, aspirações, inteligência, capacidades, sentimentos, índole e talentos da matriz. Tudo fica à sua disposição como numa grande biblioteca onde qualquer informação pode ser acessada instantaneamente.
A experiência vivida pelo receptor pode variar muito, de acordo com as características da matriz que ele recebe e, na dependência de vários fatores, como o seu grau de consciência e sensibilidade para perceber mudanças sutis que advêm do processo.
O mais interessante é que, quanto maior o número de consciências transferidas, maior a capacidade de utilização das mesmas pelo receptor, e maior a capacidade dele receber novas consciências. Trata-se de um fenômeno de agregação potencialmente infinito, que propicia ao indivíduo enxergar a realidade com múltiplos olhos, um para cada situação diferente.
É como ter uma equipe gigantesca de especialistas em todas as áreas, diuturnamente a seu dispor. Que governante não daria tudo por uma equipe assim?
Com o passar do tempo, as diferentes consciências anexadas movimentam-se freneticamente no campo de consciência do receptor, numa dança espetacular. Um entra e sai de cena instantânea e automático, disparado apenas pelo simples focar de sua atenção. O resultado que se obtém com esse movimento borbulhante é o fluxo coerente de idéias, sentimentos poderosos, palavras adequadas e ações precisas para cada situação que se apresenta. Um processo elegante e eficiente de se atingir a excelência do ser.
Em contrapartida, a matriz tem a oportunidade de vivenciar novas experiências através do receptor, de atuar em contextos diferentes, o que permite também a sua própria expansão. Portanto é a Transferência de Consciências é uma via de mão dupla onde todos saem ganhando, já que toda troca gera crescimento.
Dá para imaginar como é valioso para uma consciência poder mergulhar na terceira dimensão sem a obrigatoriedade de encarnar, e tornar-se um conselheiro nas áreas que domina com perfeição? Rever questões que envolvam estratégias, negociações e conquistas, dando o melhor de si, é sair dos livros de história e viver novamente em tempo real. É magnífico poder inspirar a tomada de decisões com o mesmo pulso firme de antes, estendendo os domínios em novos cenários eternamente mutantes...
Este é o processo que permite a um general da Antiguidade discorrer sobre um tema atualíssimo com a mesma desenvoltura com que, em sua época, falava de política e conquistas.
Caio Julio Cesar
Canalização em  27/01/2012

15 julho 2016

Paz no Lar

Naquela noite, Simão Pedro tinha o coração amargurado e entristecido. Aborrecera-se com parentes rudes e de difícil trato. O velho tio o acusara de dilapidar os bens da família e um primo o ameaçara esbofetear. Guardava, por isso, o semblante carregado e austero. Ele procurou o Mestre e desabafou. Ao término do longo relato, o Mestre indagou:
E que fizeste, Simão, ante a conduta de teus familiares incompreensivos?
Reagi como devia. Coloquei cada um no seu lugar, anunciando em alto e bom tom as más qualidades de que são portadores. Meu tio é raro exemplar de sovinice e meu primo é mentiroso contumaz. Provei, perante numerosa assistência, que ambos são hipócritas, e não me arrependo do que fiz. – Disse Pedro, de forma veemente.
O Mestre refletiu por longos minutos e falou calmamente:
Pedro, o que faz um carpinteiro na construção de uma casa?
Trabalha, naturalmente. – Respondeu o discípulo irritadiço.
– Com o quê? – Tornou a perguntar o Celeste Amigo.
Usando ferramentas. – Disse Pedro, sem entender aonde o Mestre pretendia chegar.
Após um breve momento de silêncio, Jesus continuou:
As pessoas com as quais vivemos na Terra são os primeiros e mais importantes instrumentos que recebemos do Pai, para a edificação do reino do céu em nós mesmos. Os parentes difíceis, na maioria das vezes, são o martelo ou o serrote que podemos utilizar a benefício da nossa reforma íntima. Em todas as ocasiões, o ignorante representa para nós um campo de benemerência espiritual; o mau é desafio que nos põe a bondade à prova; o ingrato é um meio de exercitarmos o perdão; o doente é uma lição à nossa capacidade de socorrer.
Calou-se Jesus e, talvez porque Pedro tivesse ainda os olhos cheios de questionamentos, acrescentou serenamente:
– Se não ajudamos ao necessitado de perto, como auxiliaremos os aflitos distantes? Se não amamos o irmão que respira conosco os mesmos ares, como nos consagraremos a Deus que está no céu?
Depois dessas perguntas, pairou na modesta sala um expressivo silêncio que ninguém ousou interromper.
* REFLEXÃO *
A família constitui o núcleo mais notável de aprendizagem nas atividades de renovação espiritual.
Busquemos não agredir com palavras agressivas ou com silêncios gelados aqueles que estão à nossa volta na luta doméstica.
Aprendamos a dialogar para solucionar problemas, conversando equilibradamente.
Não cobremos afeição dos amores, nem reclamemos consideração que, talvez, ainda não tenhamos feito, nem estejamos fazendo nada por merecer.
Agradeçamos mesmo as mínimas coisas, sendo gentis e alegres, sem hipocrisia.
Trabalhando com discernimento, burilando nossas próprias imperfeições, alcançaremos, pouco a pouco, a paz no lar, que há de nos propiciar, por consequência, alegria e renovação em nossa caminhada.

Redação do Momento Espírita, com base no
cap. 6, do livro Jesus no lar, pelo Espírito Neio Lúcio, psicografia
de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB e no cap. 4, do livro Vereda familiar,
pelo Espírito Tereza de Brito, psicografia de José Raul Teixeira, ed. FRÁTER.
Em 6.1.2015.

12 julho 2016

A Arte da Prosperidade: Trabalhar - Hélio Couto


Pode parecer o óbvio ululante falar que é preciso trabalhar para ser próspero. Mas, a questão é mais profunda do que parece.
Não basta trabalhar num emprego ou negócio. É preciso trabalhar no plano B, C, etc. É preciso ter duas ou três carreiras diferentes. Estudar o tempo todo, criando novos produtos e serviços. Fazer coisas originais e inovadoras. Investir na própria educação. Não ter busca de aprovação. Ajudar aos demais no limite das próprias forças e recursos.
Não se pode depender de nada nem de ninguém. Nem de instituições ou de um emprego ou de um tipo de negócio ou serviço. É preciso diversificar o tempo todo.
O fundamento da prosperidade é soltar. Total desapego dos resultados. Somente assim os resultados virão. Mas, isso não pode ser política, nem técnica, nem tática, etc. Ou a pessoa sente o soltar ou não sente. E é o sentimento de soltar que faz o universo funcionar. Sempre em qualquer lugar ou dimensão. Desapego é o segredo dos segredos.
Juntamente com isso vem o modo de vida frugal. Viver de forma simples, com poucos custos, gastando somente o indispensável, poupando o máximo, em suma uma vida simples. Este é o segredo da prosperidade. Nunca fazer dívidas. Criar um capital para ser independente. Passo a passo, dia a dia, mês a mês, ano a ano.
Importa alguma coisa se estamos num tipo de sistema econômico ou outro? Não importa. Prosperidade não tem nada a ver com teorias econômicas. Mesmo em qualquer sistema baseado em Adam Smith (competição), se a pessoa fizer como descrito acima ela prosperará. Mesmo na Suméria, seis mil anos atrás, se a pessoa viver desta forma ela prosperará. Um dia viveremos num planeta de cooperação como John Nash provou que é possível. Até lá é irrelevante onde estamos. Em qualquer planeta do universo fazer como descrito acima é sucesso garantido. 
O que está explicado aqui é extremamente libertador porque não depende do entorno, nem de outras variáveis, locais, épocas, sistemas, etc. Não depende de nada. Haverá prosperidade em todas as áreas se a filosofia de vida for como a descrita acima. Se a pessoa for como descrita acima ela terá apego à prosperidade? Não terá. E é por isso que prosperará. É por isso que é a Arte da Prosperidade.
Helio Couto

22 junho 2016

Sete passos contra mau-olhado - Pai João



Se vosmecê acredita que existe alguma força contra vosmecê e não toma providências de proteção energética, com certeza está alimentando o poder das energias tóxicas em seu desfavor. Essas forças existem e são poderosas, viu, fio?
Acredite na força da boa magia. É, muzanfio, existe também a magia boa, sim. Acredite no extraordinário volume de coisas positivas que estão disponíveis só para vosmecê.
Quer saber como usar essas poderosas bênçãos da vida em seu favor, fio? Segue esses sete passos que a Senhora do Rosário ensinou pros nego véio na vida espiritual:
1. Assuma a responsabilidade sobre seus sentimentos e seus comportamentos e pare de transferir para os outros a razão de suas escolhas e dissabores na vida.
2. Garimpe sempre o melhor que exista dentro de vosmecê, acolhendo com bondade e aceitação os seus erros e tropeços.
3. Desenvolva o hábito de sentir seus protetores espirituais e anjos da guarda no clima sagrado da oração e receba deles o alimento farto que suprirá suas forças.
4. Emita sempre que conseguir uma energia do bem a todos os que não te compreendem, não te apoiam e não te querem bem.
5. Ouça sempre o que os outros dizem sobre vosmecê e examine com humildade. Acima de tudo, desenvolva a sabedoria de ouvir a sua melhor conselheira: a consciência.
6. Acredite ardentemente que não existe erro sem perdão nem falha sem possibilidade de ser corrigida. Mesmo que teus irmãos de caminhada não te aceitem, Deus te acolhe como vosmecê estiver.
7. O sétimo passo é com Jesus, no evangelho de Mateus, capítulo dez, versículo 14: E, se ninguém vos receber, nem escutar as vossas palavras, saindo daquela casa ou cidade, sacudí o pó de vossos pés.”
Oh, muzanfio de Deus, acredite mais no bem que no mal e seu caminho vai estar repreto de boas coisas e de bênçãos para sempre.

Fala Preto Velho, Pai João de Angola

11 maio 2016

O homem psicológico maduro I - Joanna de Angelis


O ser humano é o mais alto e nobre investimento da vida, momento grandioso do processo evolutivo que, para atingir a sua culminância, atravessa diferentes fases que lhe permitem a estruturação psicológico, seu amadurecimento, sua individuação, conforme Jung.
Ao atingir a idade adulta deve estar em condições de viver as suas responsabilidades e os desafios existenciais. É comum, no entanto, perceber-se que o desenvolvimento fisiológico raramente faz-se acompanhar do seu correspondente emocional, o que se transforma em conflito, quando um aspecto não é identificado com o outro. Em tal caso, o período infantil alonga-se e predomina, fazendo-se característica de uma personalidade instável, atormentada, insegura, depressiva ou agressiva, ocultando-se sob vários mecanismos perturbadores.
O seu processo de amadurecimento psicológico, portanto, pode ser comparado a uma larga gestação, cujo parto doloroso propicia especial plenificação.
Procedente de atavismos agressivos, imantado ainda aos instintos, o ser cresce sob pressões que lhe despertam a necessidade de desabrochar os valores adormecidos, qual semente que se intumesce sob as cargas esmagadoras do solo, a fim de libertar o vegetal embrionário, que se agigantará através do tempo.
Fatores compressivos e difíceis de liberados, pelos processos castradores do ambiente, quase sempre contribuem para que se prolongue a sua imaturidade psicológica.
Do ponto de vista tradicional, apresentam-se os fatores hereditários, psicossociais, econômicos, que colaboram positiva ou negativamente para o desenvolvimento psicológico, quase sempre contribuindo para a preservação do estado de imaturidade.
Graças à sua constituição emocional e orgânica, na vida infantil o ser é egocêntrico, qual animal que não discerne, acreditando que tudo gira em torno do seu universo, tornando-se, em conseqüência, impiedoso, por ser destituído de afetividade ainda não desenvolvida, que o propele à liberdade excessiva e aos estados caprichosos de comportamento.
Passado esse primeiro período, faz-se ególatra, acumulando tudo e apenas pensando em si, em fatigante esforço de completar-se, isolando-se socialmente dos demais ou considerando as outras pessoas como descartáveis, cujo valor acaba quando desaparece a utilidade, de imediato ignorando-as, desprezando-as...
Em sucessão, apresenta-se introvertido, egoísta, possuindo sem repartir, detentor de coisas, não de paz pessoal.
A imaturidade expressa-se através da preservação dos conflitos, graças aos quais muda de comportamento sem liberar-se da injunção causal, que são a frustração, o desconforto moral, a presença da infância. E mesmo quando se apresenta completado, as suas reações prosseguem infantis, destituídas de sensibilidade, no tormento de metas sem significado.
Para ele, o sentido da vida permanece adstrito ao círculo estreito da aquisição de coisas e à sujeição de outras pessoas aos seus caprichos. Torna-se ditador impiedoso, sicário implacável, juiz cruel. Proporciona-lhe prazer mórbido a dependência das massas e dos indivíduos particularmente, fruindo, de maneira masoquista, do prazer na dor própria ou alheia, desenvolvendo a degenerescência afetiva até o naufrágio fatal...
Certamente, fatores genéticos contribuem para o desenvolvimento ou não da maturidade psicológica, em se considerando as cargas hereditárias na constituição orgânica, na câmara cerebral, na aparelhagem nervosa e glandular, especialmente nas de secreção endócrina, na constituição do sexo.
Todavia, não podemos ignorar a preponderância do modelo organizador biológico (MOB) ou perispírito, responsável pela harmonização dos implementos de que o Espírito se irá utilizar para o seu processo evolutivo no corpo transitório.
Face a isso, cada pessoa é a soma das suas experiências transatas, e sua mente é o veículo formador de quanto se lhe torna necessário para o processo iluminativo.
Essa percepção, o entendimento desse fator, faz-se relevante em qualquer proposta de psicologia transpessoal, no estudo das causalidades de todos os fenômenos humanos.
Os velhos paradigmas e modelos sobre o homem cedem passo à introdução do conceito do ser ancestral, com toda a historiografia das suas reencarnações, que se tornam responsáveis pelo desenvolvimento do eu profundo.
A enunciada cisão entre o eu e o si, atávica, desaparece quando a análise do perispírito demonstra que a personalidade resulta da experiência de cada etapa, mas a individualidade é a soma de todas as realizações nas sucessivas reencarnações.
Graças a esses fenômenos, as pressões psicossociais — ambiente, educação, lutas e atividades — aparecem contribuindo, de uma ou de outra forma, para a realização das metas ou reparação delas, em razão dos processos de mérito ou débito de que cada um se faz portador.
Todos nascem ou renascem nos núcleos familiares e sociais de que necessitam para aprimorar-se, e não conforme se assevera tradicionalmente: que merecem.
As cargas de genes e cromossomas, as condições psicossociais e econômicas, formam o quadro dos processos de burilamento moral-espiritual, resultantes da reencarnação caldeadora dos dispositivos individuais para a evolução.
Tal razão prepondera na elucidação das diferenças psicológicas dos indivíduos, mesmo entre os gêmeos uniovulados, defluentes das conquistas anteriores.
A maturidade psicológica tem um curso acidentado, feito de sucessos e repetições, por formar um quadro muito complexo na individualidade humana.
A sua primeira fase expressa-se como maturidade afetiva, quando o ser deixa de ser captativo por fenômeno atávico, para tornar-se ablativo, que é a fatalidade do processo no qual se encontra.
Da posição receptiva egoísta, profundamente perturbadora, surge a necessidade de crescer e ampliar o círculo de amigos, na sua condição de animal gregário, surgindo as primeiras expressões do amor.
Expande o sentimento afetivo e compreende que o narcisismo e o egoísmo somente conduzem à auto-destruição, à perturbação.
Continuará...


06 maio 2016

Desapego - Pai João de Aruanda



Somos como as folhas de uma grande árvore. Quando o vento passa, nos leva para onde a força da vida indicar.
Todos são Espíritos.
Todos são imortais.
Nós não temos cor, não temos raça nem bandeira que limite a nossa ação. 
Às vezes é preciso que o vento nos leve até determinado lugar para aí desempenharmos uma tarefa. A gente se esconde num corpo quente num coração amoroso e então renasce vestido de carne, com roupa branca ou preta, ou amarela; bonita ou feia. Quando chega a hora e o vento sopra novamente, partimos, deixamos a roupa usada e rumamos para onde a vida nos conduzir, para viver outra experiência. Por isso é que devemos nos desapegar das coisas do mundo, mesmo daquelas que são boas. Estamos de passagem. Somos todos peregrinos, romeiros da vida. 
Em nossa viagem pelo mundo só possuímos, na verdade, aquilo que doamos, que oferecemos à vida: o amor, as virtudes, o bom caráter. As outras coisas são muletas que usamos para ajudar na caminhada; assim que aprendermos a andar direito, com a cabeça erguida diante da vida, deixaremos tudo de lado para partir para um novo aprendizado. É preciso se desapegar do mundo. Usar as coisas que estão nele sem se submeter a elas.
Essa, a verdadeira essência da vida. Pense nisso, meu filho.


04 maio 2016

Mãos à obra - Emannuel


Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.”
Paulo (I Coríntios, 14:26)



A igreja de Corinto lutava com certas dificuldades mais fortes, quando Paulo lhe escreveu a observação aqui transcrita.
O conteúdo da carta apreciava diversos problemas espirituais dos companheiros do Peloponeso, mas podemos insular o versículo e aplicálo a certas situações dos novos agrupamentos cristãos, formados no ambiente do Espiritismo, na revivescência do Evangelho.
Quase sempre notamos intensa preocupação nos trabalhadores, por novidades em fenomenologia e revelação.
Alguns núcleos costumam paralisar atividades quando não dispõem de médiuns adestrados.
Por quê?
Médium algum solucionará, em definitivo, o problema fundamental da iluminação dos companheiros.
Nossa tarefa espiritual seria absurda se estivesse circunscrita à freqüência mecânica de muitos, a um centro qualquer, simplesmente para assinalarem o esforço de alguns poucos.
Convençam-se os discípulos de que o trabalho e a realização pertencem a todos e que é imprescindível se movimente cada qual no serviço edificante que lhe compete. Ninguém alegue ausência de novidades, quando vultosas concessões da esfera superior aguardam a firme decisão do aprendiz de boavontade, no sentido de conhecer a vida e elevarse.
Quando vos reunirdes, lembrai a doutrina e a revelação, o poder de falar e de interpretar de que já sois detentores e colocai mãos à obra do bem e da luz, no aperfeiçoamento indispensável.

28 abril 2016

Mortes Prematuras - Bezerra de Menezes


"Gostaríamos de formular uma palavra de esperança aos pais cujos filhos voltaram ao mundo espiritual precocemente. Conhecemos de perto a dor que os assinala, porque nós mesmos também já passamos pela mesma experiência em nossa pretérita encarnação, e sabemos o quanto a separação imprevisível atordoa o nosso coração.
Mesmo assim, pedimos aos genitores que consolem o seu coração na sabedoria de Deus, Pai de todos nós, que permitiu o regresso de nossos filhinhos ao mundo espiritual por necessidades evolutivas inadiáveis, necessidades essas que, por ora, não conseguimos aquilatar, mas que são absolutamente necessárias aos planos de progresso e felicidade que Deus preparou a eles, como também prepara a todos nós.
E quem disse, queridos paizinhos, que o retorno ao Mundo Espiritual se constitui num castigo para quem parte? Nas moradas celestiais o amor é mais puro, a felicidade é mais completa, a beleza é tão harmoniosa, e o espírito reencontra seres que também o amam com o mesmo devotamento dos genitores terrenos.
Sabemos que a prova de separação é bem forte para os pais, no entanto é preciso que em tudo coloquemos o amor em primeiro lugar. Se pensarmos com amor, verificaremos que nossos filhos estão em melhor situação na nova vida, e isso fará com que a nossa tristeza ceda lugar à certeza de que o ser amado está mais feliz onde se encontra, o que se constituirá para nós em júbilos de alegria e paz. O que mais deve interessar aos pais não será tanto que os filhos estejam eternamente aos seu lado, mas que se encontrem bem e felizes onde quer que estejam.
Somente na aceitação da experiência e na estrita confiança nos desígnios divinos é que os pais encontrarão forças de paz e consolo, pois saberão que os filhos não estão mortos, e que, embora fisicamente distante, continuam nos querendo bem pelos laços invisíveis e inquebrantáveis do amor."


20 abril 2016

Inteligência Emocional - Hélio Couto



Existem duas formas de se perder o controle emocional, que é em última instância o que significa inteligência emocional.
A primeira é não controlar as ideias e emoções que entram de fora no fluxo dos nossos pensamentos. Nossos pensamentos são como um rio em constante fluxo. Ideias estranhas a nós podem ser inseridas neste fluxo. São aquelas ideias completamente estranhas à nossa forma normal de pensar e sentir. É preciso cancelar estas ideias na mesma hora que entram. Dizer mentalmente “cancelado” e mudar para outro pensamento. Isso é controle mental. Caso a ideia volte, fazer o mesmo procedimento novamente. Não importa se essa ideia estranha é desta dimensão ou de outra. Ideias destrutivas devem ser canceladas imediatamente. Toda ideia que não promove o crescimento de todos é destrutiva.
A segunda é controlar nossas próprias ideias negativas deixando a entropia psíquica sem nenhum controle. Quando a mente não é controlada ela inevitavelmente descamba para a perda de energia e organização. Entropia é isso. Perda de energia e a decorrente desorganização. Uma sala cheia de cadeiras organizadas em filas se não for constantemente arrumada em pouco tempo estará completamente desorganizada. Organizar é por energia e inteligência em qualquer coisa.
Desta forma é preciso entender o que são nossos pensamentos e os que não são. Cancela-los imediatamente e pensar em algo positivo. Considerar que o mais mínimo pensamento destrutivo pode parecer a coisa mais inocente no início, mas que vai crescendo e acumulando dia a dia. Dentro de pouco tempo aquilo se transformou numa coisa praticamente incontrolável. Todo pensamento vai sendo acumulado no inconsciente também. Se são positivos temos uma energia positiva condensada para usarmos para fins positivos. Se são pensamentos negativos gerarão uma energia negativa que mais cedo ou mais tarde terá de ser liberada. Essa liberação poderá ser de forma negativa ou positiva. A única maneira de controlar isso depois que foi criado é colocando amor no lugar da energia negativa.
Portanto, inteligência emocional é o controle absoluto das ideias e emoções. Todo pensamento gera emoções. Pensando de forma construtiva e positiva teremos conseguido um grande passo no rumo da prosperidade infinita.



29 fevereiro 2016

Acolha seus obsessores com muito amor

"O afeto e gentileza são como a camada de ozônio da alma, que a protege contra os raios destrutivos da insensatez alheia."

Se os encostos (obsessores) ou espíritos das trevas estão, de alguma forma, atraídos para a vida dos meus fios, então, tudo isso está obedecendo a uma lei maior, que é o encontro das necessidade com o merecimento. Há laços, leis e contextos regendo essa proximidade, que nem sempre pode ou deve ser rompida imediatamente.
Toda vez que há uma sintonia e uma espírito se aproxima para prejudicar ou tornar a vida de meus fios mais tormentosa, chamamos isso de pressão, ou seja, a força que vem de fora para dentro da vida mental.
E toda vez que os fios cedem à pressão e escolhem sentir e viver do mesmo jeito que a entidade propôs, então se estabelece a obsessão, com uma força de dentro para fora da vida mental.
Pressão todos vamos sentir nessa Terra de Deus. Já obsessão, depende. Depende da escolha, da postura, do interesse e da intenção dos fios.
Querer afastar a entidade pela prece é atraí-la para mais perto. É por isso que muita gente não se sente bem depois de uma oração mal orientada. O obsessor que mora na mente com vosmecês não pode ser expulso; ele tem que ser amado, tem que ser acolhido.
O desejo de ficar livre de sua atuação com asco e rejeição só atrai ainda mais. Quem ora para ir embora amarra. Quem acolhe com amor liberta.
Quem rejeita seus obsessores como se nenhuma responsabilidade tivesse para com eles está desprezando os frutos da própria plantação e querendo ignorar a colheita a que todos seremos submetidos diante das leis sábias e justas da vida.
Então, vamos fazer a prece adequada para que os fios entendam bem o que nego quer dizer.

"Pai de bondade. Estou me sentindo pesado.
Sinto que além das minhas deficiências, ainda estou atraindo a dor e a doença de outros corações.
Então, Senhor, já que estou como enfermo carregando vários outros, venho te pedir por todos nós.
Vós que sois o Médico Divino no trato das nossas enfermidades, escuta nosso clamor.
Quero esquecer a minha dor e a minha necessidade por um minuto que seja e acolher, com todo amor que tenho, essas almas que, por alguma razão justa e necessária, encontram-se juntas comigo.
Banha-nos a todos na sua energia de paz.
Eu penso nesse instante como se cada um de nós estivesse em vários leitos e de mais dadas, suplicando Seu bendito amor e bondade.
Senhor, tem piedade de nós! Se estamos juntos na condição de mendigos do Teu amparo.
Eu os acolho com afeto e suplico Teu colo para todos nós.
Assim seja."

Capítulo 09 do livro "Fala Preto Velho - Wanderley Oliveira"  PAI JOÃO DE ARUANDA

14 janeiro 2016

10 Regras para o Ser Humano - Twyla Nitsch


I - Você receberá um corpo. Pode gostar dele ou odiá-lo, mas ele será seu durante essa rodada.
II - Você está matriculado numa escola informal, de período integral, chamada vida. A cada dia, nessa escola, você terá a oportunidade de aprender lições. Você poderá gostar das lições ou considerá-las irrelevantes ou estúpidas.
III - Não existem erros, apenas lições. O crescimento é um processo de tentativa e erro: experimentação. As experiências que não dão certo fazem parte do processo, assim como as bem sucedidas.
IV - Cada lição será repetida até que seja aprendida. Cada lição será apresentada a você de diversas maneiras, até que a tenha compreendido. Quando isso ocorrer, você poderá passar para a seguinte. O aprendizado nunca termina.
V - Não existe nenhuma parte da vida que não contenha lições. Se você está vivo, há lições para aprender.
VI - "Lá" não é melhor do que "aqui". Quando o seu "lá" se tornar em "aqui", você simplesmente entenderá que o melhor é viver o "aqui e o agora".
VII - Os outros são apenas seus espelhos. Você não pode amar ou detestar algo em outra pessoa, a menos que isso reflita algo que você ama ou detesta em si mesmo.
VIII - O que fizer de sua vida é responsabilidade sua. Você tem todos os recursos de que necessita. O que fará com eles é de sua responsabilidade. A escolha é sua.
IX - As respostas estão dentro de você. Tudo o que tem a fazer é meditar, analisar, ouvir e acreditar.
X - Você se esquecerá de tudo isto!

(por Twyla Nitsch - Anciã da Tribo Seneca, fundadora e líder do Clã dos Lobos)


08 janeiro 2016

Os superiores e os inferiores - ESE

A autoridade, tanto quanto a riqueza, é uma delegação de que terá de prestar contas aquele que se ache dela investido. Não julgueis que lhe seja ela conferida para lhe proporcionar o vão prazer de mandar; nem, conforme o supõe a maioria dos potentados da Terra, como um direito, uma propriedade. Deus, aliás, lhes prova constantemente que não é nem uma nem outra coisa, pois que deles a retira quando lhe apraz. Se fosse um privilégio inerente às suas personalidades, seria inalienável. A ninguém cabe dizer que uma coisa lhe pertence, quando lhe pode ser tirada sem seu consentimento. Deus confere a autoridade a título de missão, ou de prova, quando o entende, e a retira quando julga conveniente.
Quem quer que seja depositário de autoridade, seja qual for a sua extensão, desde a do senhor sobre o seu servo, até a do soberano sobre o seu povo, não deve olvidar que tem almas a seu cargo; que responderá pela boa ou má diretriz que dê aos seus subordinados e que sobre ele recairão as faltas que estes cometam, os vícios a que sejam arrastados em consequência dessa diretriz ou dos maus exemplos, do mesmo modo que colherá os frutos da solicitude que empregar para os conduzir ao bem. Todo homem tem na Terra uma missão, grande ou pequena; qualquer que ela seja, sempre lhe é dada para o bem; falseá-la em seu princípio é, pois, falir ao seu desempenho.
Assim como pergunta ao rico: “Que fizeste da riqueza que nas tuas mãos devera ser um manancial a espalhar a fecundidade ao teu derredor”, também Deus inquirirá daquele que disponha de alguma autoridade: “Que uso fizeste dessa autoridade? Que males evitaste? Que progresso facultaste? Se te dei subordinados, não foi para que os fizesses escravos da tua vontade, nem instrumentos dóceis aos teus caprichos ou à tua cupidez; fiz-te forte e confiei-te os que eram fracos, para que os amparasses e ajudasses a subir ao meu seio.”
O superior, que se ache compenetrado das palavras do Cristo, a nenhum despreza dos que lhe estejam submetidos, porque sabe que as distinções sociais não prevalecem às vistas de Deus. Ensina-lhe o Espiritismo que, se eles hoje lhe obedecem, talvez já lhe tenham dado ordens, ou poderão dar-lhas mais tarde, e que ele então será tratado conforme os haja tratado, quando sobre eles exercia autoridade.
Se o superior tem deveres a cumprir, o inferior, de seu lado, também os tem e não menos sagrados. Se for espírita, sua consciência ainda mais imperiosamente lhe dirá que não pode considerar-se dispensado de c ­ umpri-los, nem mesmo quando o seu chefe deixe de dar cumprimento aos que lhe correm, porquanto sabe muito bem não ser lícito retribuir o mal com o mal e que as faltas de uns não justificam as de outrem. Se a sua posição lhe acarreta sofrimentos, reconhecerá que sem dúvida os mereceu, porque, provavelmente, abusou outrora da autoridade que tinha, cabendo-lhe, portanto, experimentar a seu turno o que fizera sofressem os outros. Se se vê forçado a suportar essa posição, por não encontrar outra melhor, o Espiritismo lhe ensina a resignar-se, como constituindo isso uma prova para a sua humildade, necessária ao seu adiantamento. Sua crença lhe orienta a conduta e o induz a proceder como quereria que seus subordinados procedessem para com ele, caso fosse o chefe. Por isso mesmo, mais escrupuloso se mostra no cumprimento de suas obrigações, pois compreende que toda negligência no trabalho que lhe está determinado redunda em prejuízo para aquele que o remunera e a quem deve ele o seu tempo e os seus esforços. Numa palavra: solicita-o o sentimento do dever, oriundo da sua fé, e a certeza de que todo afastamento do caminho reto implica uma dívida que, cedo ou tarde, terá de pagar.
François-Nicolas-Madeleine, cardeal Morlot. (Paris, 1863.)