Léon
Tolstoi, o escritor russo, teve oportunidade de, depois de sua morte,
escrever através da mediunidade de Ivone do Amaral Pereira.
Em
uma de suas obras assim psicografadas, ele narra que, quando ainda
vivendo na Terra, tivera um amigo de nome Boris.
Eram
muito afeiçoados e apreciavam ficar horas discutindo questões de
filosofia.
Boris,
contudo, morreu jovem, na flor dos vinte anos. Tolstoi sentiu muito a
morte do amigo.
E fosse porque muito pensasse nele ou porque, de alguma forma, desejasse ter dele notícias, lhe ocorria sonhar com ele repetidas vezes.
E fosse porque muito pensasse nele ou porque, de alguma forma, desejasse ter dele notícias, lhe ocorria sonhar com ele repetidas vezes.
Via-o
jovial e alegre. Sempre a conversar sobre as questões do Evangelho.
Embora ao acordar não conseguisse recordar a totalidade do diálogo,
lembrava de alguns trechos do sonho.
Contudo, as peripécias da vida, as preocupações que se foram somando, fizeram com que muitas tribulações cercassem Tolstoi. Até ele não mais sonhar com o amigo.
Contudo, as peripécias da vida, as preocupações que se foram somando, fizeram com que muitas tribulações cercassem Tolstoi. Até ele não mais sonhar com o amigo.
Sessenta
e dois anos se passaram. Tolstoi também partiu para a verdadeira
pátria e teve oportunidade de reencontrar Boris.
A
primeira coisa que reparou é que ele, recém saído da carne para a
Espiritualidade se apresentava como um homem velho, na casa dos
oitenta, enquanto o amigo estava jovem, no verdor dos vinte anos.
Quanta
saudade, falou-lhe Tolstoi. Há quanto tempo não nos víamos.
Engano
seu, disse Boris. Sempre nos encontramos. Você, somente pelas tantas
dificuldades que o cercavam na carne, não conseguia guardar as
lembranças.
Mas
eu aqui estou para, especialmente, lhe agradecer pelas tantas preces
que me endereçou.
Toda
vez que pensava em mim com amor e saudade, um jato de luz se
desprendia do seu coração e do seu cérebro e vinha em minha
direção.
Era como uma irradiação de forças poderosas que me ajudava a caminhar para Deus.
Não importava onde eu me encontrasse, eu ouvia como que me chamarem, prestava atenção, e parecia reconhecer a sua voz. Isto é, a sua vibração que parecia sua voz. Ouvia o que me dizia, comovia-me e chorava de alegria.
Era como uma irradiação de forças poderosas que me ajudava a caminhar para Deus.
Não importava onde eu me encontrasse, eu ouvia como que me chamarem, prestava atenção, e parecia reconhecer a sua voz. Isto é, a sua vibração que parecia sua voz. Ouvia o que me dizia, comovia-me e chorava de alegria.
Às
vezes, junto com sua voz eu passava a enxergar a sua imagem refletida
no longo jato luminoso que de você se desprendia, embora nem eu nem
você saíssemos do local onde estivéssemos.
Foi
assim que, ao longo desses anos, eu vi, ouvi, compreendi os seus
pensamentos.
Tolstoi
diz que sentiu muito reconforto com as informações do amigo. E
passou a meditar no alto valor da prece, realizada com desprendimento
e amor.
Prece
que tem o poder de alargar o círculo afetivo entre os homens e os
Espíritos e também alimentar os elos afetivos entre eles.
Diz,
ele finalmente, que se os homens soubessem verdadeiramente o que é
orar, se compreendessem o enorme poder da oração, do que é capaz o
pensamento em prece, os homens não teriam tantas razões para
chorarem os seus mortos, se desesperando ante os túmulos
silenciosos!
Se
você perdeu afetos, não os magoe com o seu desespero. Ore
intensamente. Recorde os momentos de alegria, de felicidade juntos
vividos.
Transmita
a eles a sua saudade, como um ramalhete de flores de delicado perfume
para que eles, onde estejam, como estejam, o recebam, como
demonstração de que os que ficaram na Terra ainda e sempre os amam.
Neles pensam com carinho e doce saudade.
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