23 abril 2018

POMBAGIRA e a SEXUALIDADE - Pai Benedito de Aruanda (Rubens Saraceni)



A visão do Mistério Pombagira sobre a sexualidade é guiada pelo que vibra no íntimo dos seres.
Diferente do que muitos imaginam ou do que já falaram ou escreveram, ela não é a favor nem apoia a prostituição, e sim, é esgotadora das sexualidades degeneradas.
Seres cuja sexualidade é viciada ou vicioso são seus alvos prediletos porque, para ela, desvios sexuais devem ser esgotados do jeito que for possível e permitido pela Lei Maior.
O fato de algumas “Pombagiras de trabalhos” revelarem em suas biografias fatos escabrosos no campo da sexualidade, tais como abortos, prostituição, uso do sexo como instrumento de poder e dominação, viciações as mais variadas, e porque entraram em desequilíbrio com seus mistérios íntimos e regrediram consciencialmente, cometendo ações contrárias aos princípios da vida, regidos pelos mistérios do sentido da geração.
Mães que renegaram seus filhos, que abortaram, que maltrataram crianças na mais tenra idade, etc., porque estavam passando por profundos desequilíbrios, com certeza sofreram intensa atuação do Mistério Pombagira e passaram por intensivos esgotamentos dos seus estados de consciência em desequilíbrio antes de serem levadas até a dimensão de Pombagira onde, aí sim, são submetidas a um processo de imantação pelo Mistério das Pombagiras guardiãs que as recolheram em seus domínios e as prepararam para retomarem suas evoluções atuando a partir das suas linhas ou hierarquias à "esquerda", onde atuam daí em diante como refreadores desses tipos de desequilíbrio íntimo nos seres humanos.
Elas voltam, mas não para repetirem os mesmos procedimentos, e sim, para combatê-los ou evitarem que suas protegidas venham a cometê-los.
Para Pombagira, antes só que mal acompanhada, mal amada e mal servida por seus pares masculinos, isto para suas médiuns, certo?
Que o digam o grande número de mulheres umbandistas que demoram para casar-se ou que, quando mal casadas, se separam e levam suas vidas sozinhas devido à influência de suas Pombagiras, que nelas são ativas e não admitem que seus companheiros (namorados ou maridos) as traiam ou as maltratem... e muito menos que tenham outra e as tratem com desprezo. Assim como não admitem que suas médiuns assim procedam com seus pares.
Pombagira torna suas médiuns ciumentas e um tanto possessivas em relação aos seus pares, mas nunca estimula nelas o vício da traição matrimonial, preferindo que elas se separem, não adotando esse tipo de procedimento errôneo.
Para Pombagira, é melhor uma separação dolorida que a traição matrimonial. Assim como é melhor a dor da solidão que a amargura e as mágoas de um relacionamento íntimo sofrido ou insatisfatório.
Que o digam as médiuns umbandistas que, ou não conseguem um bom namorado ou um bom marido porque suas Pombagiras já conhecem de cor e salteado as consequências para suas evoluções espirituais que os relacionamentos íntimos instáveis, desequilibrados ou doentios já lhes causaram e não querem ver suas médiuns cometerem os mesmos erros e regredirem pelas dores de um mau relacionamento.
Que o digam elas, que muitas vezes são advertidas por suas Pombagiras que “fulano de tal” não serve para coisa alguma e só vai fazê-la sofrer.
Ao contrário do que possa parecer, Pombagira é seletiva e transmite essa sua seletividade as suas médiuns, muitas vezes privando-as de uma companhia masculina, mas livrando-as de dissabores doloridos.
“Antes só que mal acompanhada, mal amada e mal servida’ dizem elas. Infelicidade por infelicidade, melhor viver a própria que as alheias.
Ao contrario dos seres machos, que creem que seus pares femininos estão aí para servi-los, Pombagira crê que os seres machos só foram criados para servi-la.
A natureza intima de Pombagira é altiva e dominadora, possessiva e ciumenta, ainda que ela manifeste essas suas características a seu modo e use seus recursos e dotes para subjugar suas “presas ou seus servidores”.
Agora, para Pombagira, relacionamento intimo recomendável é aquele que não implica sofrimento, mágoas e ressentimentos a nenhum dos envolvidos nele, independentemente de seres casados ou não, e desde que lhes proporcione prazer e satisfação e não atentem contra os princípios da vida, gerando abortos ou infância desamparada.
Seus conceitos de “certo e errado” são diferentes dos da sociedade patriarcal e machista, pois em sua tela vibratória dos interiores refletem todas as vibrações intimas de insatisfação, de todos os tipos de insatisfação, certo?
§  Se urna crença religiosa não está satisfazendo a pessoas, que ela mude de religião.
§  Se urna profissão não está correspondendo às expectativas, que mude de profissão ou de local de trabalho.
§  Se um namoro não está trazendo satisfação, que mude de namorado(a).
§  Se um casamento não está sendo feliz, que haja a separação, e ponto final!
Essa é a personalidade e o arquétipo de Pombagira, que agrada a algumas pessoas e assusta a muitas.
Para Pombagira, altiva como só ela pode e consegue ser, ela e a mulher que toda mulher gostaria de ser e que todo homem gostaria de ter como a sua. Isso segundo ela, certo?
Aqui nos limitamos a descrever sua personalidade e sua natureza íntima e arquetípica!

 Texto extraído do livro ORIXÁ POMBAGIRA, Rubens Saraceni inspirado por Pai Benedito de Aruanda.


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